segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Tiroteio em frente à Camara

Tiroteio em frente à Câmara Municipal, aos 29 de abril de 1922*
"Antonio Evangelista da Silva, presidente do directorio situacionista, á porta da casa da eleição, com mais de cincoenta capangas, impede a entrada dos eleitores do partido municipal, a tiros de revolver, havendo varios mortos e feridos." (Correio Paulistano, edição de 30/04/1922: 4).
Do entrevero, contados os mortos, 
Antonio Andrade, João Cunha e João Paula Garcia, conforme sequência de fotos abaixo; e os feridos Chrystalino Rodrigues da Silva, Aristides Rodrigues da Silva, Armando Alves Lara, Manoel Claudino de Oliveira e Arlindo de Castro Carvalho. 



Os três mortos foram sepultados no Cemitério Municipal de Santa Cruz do Rio Pardo


Jornais da época prestaram outras informações sobre os acontecimentos:
"Já foi concedida a prisão preventiva de Evaristo Ferreira Sousa, autor da morte de Antonio Andrade; de João Fleury, autor da morte de João Paulo Garcia; de Aristides Rodrigues Silva e João Machado Silva, autores da morte de João Cunha; e de Cyrillo Antonio Rocha, autor dos ferimentos graves em Armando Alves Lara. Foi negada a prisão preventiva de Antonio Evangelista da Silva, Durvalino Oliveira Silva e Gustavo Antonio Silva, continuando o inquerito regulamentar." (Correio Paulistano, 07/05/1922: 3). 
Também foram presos: Rachid de Queiroz, José Rachid de Queiroz, Gustavo Antonio da Silva, Chrystalino Rodrigues da Silva e Arlindo de Castro Carvalho.
Outros nomes seriam acrescidos ao rol de acusados, todos julgados e absolvidos aos 10 de outubro de 1925, com apelação para o Supremo Tribunal, com provimento do recurso e novo julgamento ocorrido em 24/25 de novembro de 1927, os réus absolvidos no crime comum, porém condenados por crime político, onde Evaristo Ferreira de Souza, Chrystalino Rodrigues da Silva, Rachid Queiroz, João Fleury, João Machado e Aristides Rodrigues da Silva, receberam pena de quatro anos de prisão, cada um, e Arlindo de Castro Carvalho, Gustavo Antonio da Silva e José Rachid Queiroz, penalizados em dois anos e seis meses de reclusão. 
Nova apelação, agora dos condenados, e outro julgamento, com absolvição definitiva aos 21 de julho de 1927 (Diario Nacional, São Paulo, 25 e 26/11/1927, páginas 8 e 2, respectivamente).

*Todas as fotos apresentadas nesta página são de domínio público. Os autores obtiveram cópias junto a Biblioteca Professor Hélio Castanho de Almeida, da Escola Leônidas do Amaral Vieira - Santa Cruz do Rio Pardo.